Estar
Novamente ele parava o carro na rua e ligava o rádio.
“O centro da cidade sempre é mais bonito de manhã”, pensava
Pois era mesmo, e ele lembrava de quando andava pelas ruas sem se preocupar com o que faria naquela tarde.
Tudo era ensolarado, mas aquele sol com vento gelado, que a gente só pensa em como foi uma boa ideia sair de casa de blusa, com manga curta por baixo.
A música do rádio era mais uma daquelas tantas que ele sempre escutava. Só que o botão, estragado, não deixava que trocasse de música quando desejasse.
Nesse torpor o homem ficou cerca de 25 minutos. Retomando e revivendo sua curta vida até ali.
Mas o tempo, ah o tempo! O relógio já marcava 9hrs.
Ele olhou para a esquina e viu um guardinha vindo em sua direção.
Nunca mais se ouviu falar do homem, pelo menos até o dia seguinte.